quinta-feira, 30 de setembro de 2010

UM DIA DE LUZ!

Patricia Helena Rocha
Sair do confinamento...
Desentocar...
Caminhar...
Perceber...
Olhar...
Luz...

Acompanhar o professor Luis Octávio Rocha em um passeio apreciando a cidade sob o ponto de vista artístico, arquitetônico e paisagístico, na região da Luz, em São Paulo fez deste domingo um dia muito especial.

Várias pessoas de todas as idades participaram do projeto “PERCEPÇÕES URBANAS” promovido pelo Espaço Viveka.

O objetivo desse projeto é perceber, conhecer a nossa cidade. Andar a pé num dia de luz aqueceu nossas almas e clareou nossos olhares.
Pinacoteca. Um lugar repleto de arte.

A Avenida Tiradentes com suas calçadas largas, é um convite para continuarmos nossa caminhada. Lá observamos o Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, a Chaminé remanescente da primeira usina termoelétrica da cidade, o antigo Seminário Episcopal e Matriz de São Cristóvão, o Quartel da Luz.

Edifício Paula Souza e o Edifício Ramos de Azevedo



Nessa mesma praça, em estilo neo clássico, onde observamos a simetria do arquiteto Ramos de Azevedo nos edifícios.

Jardim da Luz
Mais antigo Jardim Público da cidade, este parque tem especial significado para a história de São Paulo. Data de 1798/99 a idéia de estabelecer o "Jardim Botânico da Luz", sua inauguração, porém, só aconteceu em 1825 e era o único local de divertimento e descanso da população. Sua utilização como "Jardim Botânico" logo foi abandonada e, em 1838, tornou-se simplesmente um "Jardim Público". Data de 1875 a solução definitiva para o abastecimento de água do parque, que vinha passando por modificações desde 1868. Nessa ocasião o Jardim já encontrava-se totalmente cultivado e arborizado e foram implantadas também as 4 estátuas, representando as estações do ano, e as 2 referentes à mitologia – Vênus e Adonis – vindas do Rio de Janeiro.
À medida que vamos “adentrando” nesse maravilhoso lugar, o barulho fica lá fora e sons de pássaros, folhas de árvores ao vento, silêncio aparecem. Parece mágica!!!!

Estação Julio Prestes

Construída entre os anos de 1926 a 1938, a Estrada de Ferro Sorocabana, totalmente restaurada abriga a Secretaria de Cultura do Estado e a Orquestra Sinfônica do Estado, a sala São Paulo. O mais incrível é o isolamento acústico. A orquestra tocando na Sala São Paulo sem que possamos ouvir um barulhinho do trem. Aos domingos acontecem os concertos matinais com entrada gratuita.

Estação da Luz


Construída em 1867, a primeira estação ferroviária da “The São Paulo Railway”, ligando o porto de Santos a Jundiaí para escoar as mercadorias da economia cafeeira. Hoje, totalmente restaurada, além de funcionar como estação de trens da CPTM e do Metrô, abriga o Museu da Língua Portuguesa, atualmente com a exposição Fernando Pessoa.

“Todos os dias é um vai-e-vem

A vida se repete na estação

Tem gente que chega pra ficar

Tem gente que vai pra nunca mais

Tem gente que vem e quer voltar

Tem gente que vai e quer ficar

Tem gente que veio só olhar...

M. Nascimento e F. Brant

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"O poeta está vivo
Com seus moinhos de vento
A impulsionar
A grande roda da história...
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de vento..."
Roberto Frejat e Dulce Quental



Dom Quixote com seu cavalo Rocinante e seu fiel escudeiro Sancho Pancha

Conjunto Nacional - Av Paulista

Livraria Cultura

Livraria Cultura, de São Paulo. Localizada no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, ela abriga um acervo de 150 mil títulos espalhados em 4,3 mil metros quadrados. Com linhas modernas, ela foi construída, em maio de 2007, onde era um cinema. Projetada pelo arquiteto Fernando Brandão, ela tem um café com paredes de vidro com visão para as ruas. No piso superior, há um teatro com capacidade para 166 pessoas. Desta forma, A Livraria Cultura conseguiu se transformar no local de encontro favorito dos intelectuais paulistanos e suas noites de autógrafos costumam ser um dos pontos altos da efervescência cultural na cidade.

A livraria Cultura entra na categoria Platinum, livrarias para você ver, espaços convidativos para manusear os livros, café e um espaço maravilhoso para crianças deixar a imaginação voar.


Lá fomos nós eu e minha parceira inseparável Bete, juramos que iríamos a Cultura somente para uma pesquisa de títulos de literatura infantil para crianças de 0 a 6 anos e estabelecendo alguns critérios para as que freqüentam creche, no município de São Paulo chamado de Centro de Educação Infantil, e para as Escolas de Educação Infantil que estamos prometendo fazer a algum tempo.



Ler dentro de um dragão... Olha que máximo!

O cuidado com as cores, com o material, um lugar que realmente acolhe.


Tenho alguns amigos de exatas que diz que é uma besteira sem tamanho predender-se as questões de estética. Mas se coloca no lugar dessas crianças. Você consegue pensar em um ambiente tão educador?
Imagina um lugar mais ou menos parecido com isso em nossas escolas.

A lista está saindo a Bete já fez a parte dela, estava ficando bem legal, gostaria de poder me dedicar mais as estas coisas que me dão prazer, mas sabe como é decidi ser professora, amo o que eu faço, mas ganho muito pouco...hahah
Livraria Cultura.
Conjunto Nacional - Av Paulista com a Rua Augusta. São Paulo - Capital

El Ateneo - o teatro dos livros

A livraria El Atneo se encontra no antigo cine-teatro Splendid, notória referência cultural da cidade. O Splendid foi construído em 1919, graças à idéia de um imigrante austríaco que queria um teatro no bairro de Saint Germain. Nos tempos áureos, ele era um misto de cabaret e cinema por aonde passaram o rei do tango Carlos Gardel e a companhia de balé de célebre dançarina cubana Alicia Alonso. Foi lá também a primeira exibição de um filme com som na capital Argentina.O teatro, porém, entrou em decadência e, em 2000, o grupo ILHSA, dono da rede El Ateneo, comprou o prédio e transformou-o em livraria. Com um estilo arquitetônico que mescla o meneirismo e o romantismo, os visitantes entram por um marquise com pilares modelados por Troiani, celebrado escultor argentino da década de 50. os três andares, que antes davam lugar aos camarotes, agora acomodam milhares de livros.

O ambiente que era destinado à platéia ganhou estantes repletas de livros.

No teto, há uma cúpula com uma pintura de Nazareno Orlandi (pintor do final do século XIX, com diversos murais espalhados por Buenos Aires) que representa a paz obtida com o fim da Primeira Guerra Mundial.

Onde ficava os camarotes tornaram-se espaços para leitura em poltronas aconchegantes

Descendo as escadas rolantes e nos deparamos com o setor de literatura infanto-juvenil. Imagina se eu e a Bete não enlouquecemos.

E lá fomos nós vascular todas as prateleiras, deslumbradas com o cuidado para o lugar ser aconchegante e lúdico. Não encanta apenas os pequenos leitores, mas pessoas de todas as idades.
Pude presenciar cenas comoventes como de uma senhora com duas crianças sentadas no chão lendo. Não sei se ela tem a noção do que ela estava fazendo para os seus prováveis netos, eu morri de inveja daqueles pequenos
Encontramos um livro bárbaro! Mi Mamá de Anthony Browne, imagina trouxemos para cá. Tudo bem que esta em espanhol, mas é de uma delicadeza, um cuidado no texto, a ilustração sempre remetendo a estampa da roupa da mãe em diversas situações.

Enchi-me de coragem e lá fui eu com meu portunhol horroroso, fazer a leitura para Bete, Patricia e Maisa maravilhosas que ainda se encantam com estes pequenos mimos.

Versão em português de Portugal, prometo postar uma foto da versão em espanhol que está linda!



Depois de horas perdidas naquele lugar maravilhoso, adivinha?

Parada para o café. Bete, Patricia de vermelho e Maisa de costas


O palco onde astros se apresentavam virou um requintado café, onde é possível sentar e ler obras dos grandes escritores. Isso se eles, em carne e osso, não aparecerem por lá. É comum lançamentos de livros com a presença de ilustres intelectuais, como Mario Vargas Llosa, Slavoj Zizek e Paul Auster.

Não encontramos nenhum destes ilustres intelectuais por lá.
Avenida Santa Fé, 1860 - Recoleta - Buenos Aires - Argentina

Presentes de Niver

Dois presentes deliciosos
Lindos!
Apaixonantes!




Costumo brincar com meus sobrinhos (que não são poucos) que quando eu ficasse velhinha ligaria para eles dizendo:
_ Ai! Eu preciso muito ir ao cinema.
Coisas que alguns deles me dizia, afinal eu sou a tia "cult".
Ai veio a surpresa, estou em casa em um belo domingo pela manhã e minha sobrinha me liga.
_ O que você irá fazer hoje?
_ Creio que nada
_ Sabe o que é, haverá um pocket show do Palavra Cantada no Villa Lobos. Vamos!
_ Borá
Quem precisa de crianças quando se tem uma tia lúdica.
Uma delicia! Cantei e brinquei junto com o Palavra Cantada e ao final ainda fui agraciada com um presente de niver.
O bom que eu nem precisei envelhecer "muito" para que eles comecem a me levar para passear...ah







BEBÊS DO BRASIL

Este foi o segundo presente delicioso da amiga querida Bete.
Foi paixão a primeira vista!
Na mesma hora fervilhou um monte de possibilidades para desenvolver um trabalho na formação de professores com este material riquíssimo.
Obrigado!!!!!!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Adrogué e Clemente duas descobertas interessantes!

Bete Godoy



Adrogué é uma bela área de Grande Buenos Aires, no extremo sul da Argentina. Em 1800 era muito comum a elite rica do país, passar seus verões em suas fazendas.



Hoje, com cerca de 30.000 moradores, Adrogué destaca-se como um bairro residencial elegante conhecido por suas ruas de paralelepípedos, as árvores frondosas e setor financeiro próspero.

O lugar também oferece Quaint cafes, restaurants, parks and squares abound. cafés, restaurantes, parques e praças são abundantes.

Cris, Carol e Bete no Maria Bonita Adrogue

Pizza Bar Maria Bonita.

Calle Mitre 1195- Adrogue

É a mistura da modernidade e a herança The neighborhood's architectural juxtapositions are apparent everywhere - from the now buildings that have sprouted in recent years to the older, carefully preserved sites that give Adrogue its undeniable charm. Arquitetônica do passado. Visitors looking for a true taste of Argentine life can't go wrong with Adrogue's historic and cultural leisure options.
Passear pelas ruas ladeadas de árvores é inesquecível. As casas cada uma mais charmosa que a outra.


Existe uma variedade quando se trata de compras, graças aos varejistas que oferecem itens não encontrados em nenhum outro lugar na cidade de Buenos Aires.


Durante um passeio pela cidade conhecemos a um personagem tão importante na literatura em quadrinhos quanto Mafalda (de Quino).

Quem é CLEMENTE?

Clemente é um estranho personagem dos clássicos quadrinhos argentinos. Criado por Caloi (Carlos Loiseau) em 1973, e passou muitos anos nos fazendo rir na parte de trás do jornal "Clarín". É uma espécie de ave com tubo de listras e sem asas e mãos.

Algo nos chamou atenção ao ver Clemente. Um bicho que voa sem asas e sem mãos. Parecia não fazer sentido, mas depois de observá-lo melhor todo sentido parecia existir ao menos em nossa cabeça.
Tínhamos algo em comum a capacidade de voar com as ideias e estas ficarem para sempre.
Quando nada fazemos ou nada pensamos somos como moscas sem asas. Hannah Arendt diz que uma vida sem pensamento é totalmente possível, mas ela fracassa em fazer desabrochar a sua própria essência-ela não é apenas sem sentido: ela não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos.

A cabeça Clemente parece estar cheia, fazendo o corpo assentar e sem asas como voar?
Quando as mãos estão atadas ou nada podem transformar a boca pode rebelar.

Talvez seja por isso que a boca de Clemente fosse tão vistosa? Parece estar pronta pra desvelar inquietações humanas que precisavam voar, voar, voar por todos os cantos do mundo.

As palavras, as idéias, as imagens, as linguagens como forma de expressão traduzem como Caloi vê a vida, as relações e o mundo.
Viva a capacidade de representar!


Clemente é, sem dúvida, político e crítico econômico por excelência. Seus comentários e conclusões respondem às conseqüências sociais, políticas e econômicas do país com sarcasmo e ironia que o tornou conhecido não só na Argentina, mas do mundo.
Ele e o filósofo brasileiro Marcos Lorieri acreditam que um aspecto político importante do trabalho com o conhecimento é que quanto mais pessoas puderem conhecer melhor a realidade, menos elas poderão ser ludibriadas e mais poderão estar participando das decisões de como as sociedades devem ser organizadas.

Geraldo Vandré diz: quem sabe faz a hora não espera acontecer. E quem não sabe? Vai esperar acontecer por parte dos históricos “sabidos” que sempre fazem acontecer na direção dos seus próprios interesses, sem levar em conta os interesses legítimos de todos.

Tudo isso não passa de um grande devaneio de idéias de quem conheceu um ser provocativo que conseguiu marcar presença neste mundo por meio da genialidade humana de seu criador.
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A história e a vida de Clemente
“Ele apareceu como um personagem coadjuvante na tira de jornal Clarin Bartolo drivers”, em 1973. O desenho foi um condutor de um bonde chamado Bartolo (foto direita), que funcionou Buenos Aires, com o seu animal de estimação, Clemente. Nestas primeiras aventuras do bonde estava se movendo como um louco, voando.
Clemente, em um curto espaço de tempo, foi se tornando o protagonista da história. Ao longo do tempo Bartolo desapareceu com seu carrinho e Clemente começou uma nova fase, uma nova faixa, onde ele era o protagonista.
Clemente ama futebol, e é por isso sua participação é destaque não só as tiras, mas também na televisão, através de sua versão animada do mundo.

Em novembro de 2004 ocorreu a inauguração do Monumento ao Clemente, o escultor Fernando Rusquellas em Plazoleta Clemente, no coração de Adrogué.