domingo, 14 de novembro de 2010

As histórias de Juan Mendez

La sandia no me gusta, porque.......!!!

Uma história de Juan e seu Papito


Dom Quadrado, um alemão (assim chamado por ter um tronco grande) tinha uma plantação de melancia e era vizinho da família Mendez

A família Mendez possuía um sitio no qual havia plantação de azeitonas, uvas, pêssegos.

Juan em um período de sua infância tinha como grande desafio, roubar melancia na hora do sesta do seu vizinho, porém tinha ele o cuidado de abrir a melancia para ver se a mesma estava madura, quando não, ele a colocava novamente no lugar, jogando terra sobre ela.

Um dia ao ser questionado pelo pai, intrigado com o aparecimento constante de melancia em casa, sem pestanejar logo foi dizendo:

_ Estou ajudando um senhor na venda de melancia e ele me paga dando-me melancia.

Certa manhã Dom Quadrado chegou ao sitio com um canivete na mão com as iniciais MM Mendez, perguntando se o mesmo pertencia a ele.

O pai de Juan Dom Moisés Maria Mendez disse que sim.

_ O senhor está roubando minhas melancias?

O pai pediu licença ao Senhor Quadrado e gritou

_ Juanananananan!!!

Juan que estava nos fundos da casa próximo ao galinheiro e o chiqueiro veio todo feliz e saltitante ao encontro do seu pai.

_ Sim Papito?

Ao ver o vizinho com o canivete na mão conversando com seu pai, deu meia volta e perna para que te quero...

Seu pai que possuía grande habilidade para pedalar, não pensou duas vezes, subiu numa bicicleta e foi atrás de Juan, que corria feito louco no carreador.

Quando sentiu que o pai se aproximava, jogou-se no chão entre a plantação para se esconder, porém logo sentiu um peso sobre ele, quando olhou já era seu pai enrolando a cinta na mão e logo dizendo:

_ Sabe por que está apanhando?

_ Não por que roubou melancia, mas porque Dom Quadrado pensou que “eu” estava roubando-o e não você...

No mesmo dia a mãe de Juan preparou seu prato preferido “bife a milanesa”.

Em sua casa todos tinham seu lugar para sentar se a mesa. No lugar de Juan não havia prato tampouco talheres, pensando ser muito esperto, ele logo sentando no lugar do irmão.

O pai muito firme mandou-o voltar a seu lugar.

Ao sentar-se o pai questionou-o

_ Juan, você quer um prato grande ou pequeno?

_Grande!

Respondeu Juan

_ Colher ou garfo e faca?

_ Garfo e faca

O pai pediu que a empregada servisse Juan.

_ Traga a Melancia.

Durante uma semana no café da manhã e na merenda, Juan comia o que era servido a todos, porém no almoço e jantar era servido Melancia em todos os formatos: melancia cubos, melancia em tira, melancia em todas as formas que você puder imaginar.

Caso um dia alguém venha oferecer melancia a Juan na sua presença você já sabe por que ele não ira aceitar e também a história que ele vai contar.

Juan Rogelio Mendez


Um homem que vive a vida com muita intensidade e por isso também tem muitas histórias para contar.
Vale a pena sentar ao seu lado tomando uma cerveja e ouvindo suas histórias.
Dono do Hostel Chapada, em Lençóis, na Chapada de Diamantina, Bahia.
Uma figura!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Oh! Bahia iaia!

Bahia que não me sei do pensamento aia!
Por Maria Cristina dos Santos

Um lugar para aquecer minha alma

Guarulhos x Salvador
Saída tranquila, lanche da Web Jet um saquinho minúsculo de amendoim com direito a bis (Bis do amendoim e não BIS) e coca-cola. Acabou a glamour das viagens aéreas.
Tripulação simpática.
Chegamos a Salvador as zero horas e quarenta minutos, após um dia de trabalho e uma maratona para arrumar as malas, não possuímos mais condições de raciocínio. Tínhamos duas opções passar a noite no aeroporto ou ir para rodoviário pois o primeiro ónibus para Lençóis sai as 06h30 e não tínhamos passagem.
Primeira grande burrada, Ana Palindrônica conseguiu um táxi por R$ 40,00 para rodoviária. Não pensamos simplesmente quando caímos em si já estávamos lá.
Sinistro!
Jamais façam isso.
Lugar estranho, gente esquisita.
Dormir? Nem pensar!
Valeu de tudo para permanecer acordas, chafé, balconista mal humorada, todos as histórias que aconteceram nos últimos meses, até cantar musicas infantis valeu.
Sete horas e trinta minutos embarque para Lençóis, oito horas de viagem. Está foi minha primeira vez durante o dia.
Uma longa viagem!
Paradas ? Perdemos as contas, parecia mais um pinga -pinga.
Chegamos em Lençóis em baixo de uma tempestade, com muito vento.


A imagem de um pé de manga caindo lentamente foi uma das coisas que nos chamaram atenção.

Enfim portão de entrada para o centro de Lençóis

A chegada ao Hostel Chapada

Quarto claro voltado para rua, o cansaço era tanto que não dormimos desmaiamos. Kelly, uma Paulista de Caçapava radicada na capital passando férias pela primeira vez na Chapada.

Juan Mendez, dono do Hostel um gentilmen como sempre.

Depois de uma boa noite de sono vamos ao nosso super roteiro.
Programação do primeiro dia
Roteiro 6
Caverna da Torrinha, Pai Inácio e Poço do Diabo

Nossa super guia Lee, mineira de nascimento, Bahia por opção, na direção do carro louca, louca, louca, quase que comecei a fazer meu testamento no carro mesmo.
Gente boa!
Frase do dia
"Dia de finados chove em todo país, parece-me que neste dia choram por ter deixados seus entes querido"

Elisiane Braga (Lee)
Nossos companheiros de aventura nesta jornada, eles optaram por fazer o roteiro um, que na verdade vê muita coisa, mas não dá tempo de curtir nada.

Emílio e Christian espanhóis, duas figuras!

E minha fiel parceira de viagem Ana Maria

Primeira parada: Torrinha

Torrinha não é a maior caverna do Brasil, mais é uma das mais completas, considerando-se a riqueza e a diversidade dos seus espeleotemas

A descoberta da caverna se deu em 1850, fica na propriedade particular em Iraquara. O atual dono e zelador da caverna, Eduardo Figueiredo da Silva contou-nos que na época seu bisavô, percorreu apenas 600 metros.
Em julho de 1992 em uma visita a espeleóloga parou para descansar e percebeu que a chama do seu carbureto balançou. A corrente de ar responsável pelo movimento vinha de uma passagem estreita, entre dois blocos desmoronados, que dava acesso a uma galeria desconhecida. Com esse trecho novo, a Torrinha passou a ter 8.300 mapeados e mais dois roteiros de visitação. Acredita-se que a caverna ainda tenha galerias não exploradas.



Suas principais formações:

Agulhas de gipsita

Formada de precipitação de sulfato de cálcio, as agulhas estão entre placas de argila desidatrada ao longo do tempo

Flor de aragonita
Cresce a partir de centros de cristais aciculares de aronita, ou seja, têm forma de agulha. A formação dá origem a arranjos que lembram flores, daí o nome. Este tipo de espeleotema é considerado raro.

Formações de vulcão

Fotografa oficial


Salão branco - Lembra a formação do Morro Pai Inácio

Flor de aragonita

Helictite
Formada a partir de precipitação de carbonato de cálcio em parede e teto ou sobre espeleotema previamente formado. A formação assumida pela helectite é controlada pela força da cristalização do mineral. O que explica a grande variedade de forma.

Estalactite: O fantasma


Forma-se a partir de gotas que vem do teto. Antes da queda, a solução libera calcita, um tipo de mineral, que precipita-se em sua volta em forma de anel. Sucessivamente , novas gotas depositam outros anéis. Essa superposição de anéis produzem em forma de canudo. alongada em direção ao solo.

Estalactide: O dente

Cortina, chamado vulgarmente de bacon


São formadas quando há superposição de "rastros" ou "linhas" de mineral precipitado. Ocorrem a partir gotas que escorrem ao longo do teto inclinado

Esta formação de estalactite forma um corredor de 60 metros

Estalactite: Pé de Pato

Luz do sol, após 3 horas na caverna

Pensou que acabou? Não tem uma pequena escalada para sair da caverna

Descanso mais que merecido

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Belmonte - Portugal

Por Maria Goreti de Sousa Marinho


Conhecer Belmonte, Portugal, foi um presente, um momento único. Conhecer a vila portuguesa em que nasceu nosso descobridor Pedro Álvares Cabral, e mais que isso, conhecer a história da descoberta de nosso país do outro lado do Atlântico, visto pelo olhar de portugueses, me fez encher de orgulho e ter muitas saudades do meu país.

Belmonte é uma vila que fica no Distrito de Castelo Branco, situada no cume de relevos montanhosos maravilhosos, com cerca de 3.200 habitantes. O município é limitado a norte pelo município da Guarda, a leste pelo Sabugal, a sueste pelo Fundão e a oeste pela Covilhã.

Verdadeiramente marcante nesta vila foi a presença romana. Efetivamente, os romanos, atraídos pela riqueza mineira e agrícola desta região, depressa se aperceberam da importância estratégica e econômica deste território atravessando-o com vias.

No séc. XIII, Belmonte era já uma vila bastante povoada por cristãos e judeus, justificando a existência de duas igrejas e uma sinagoga.

Em 1466 a família Cabral fixa-se definitivamente em Belmonte. Em 1500, Pedro Álvares Cabral foi nomeado para comandar a poderosa armada portuguesa, procurando estabelecer relações políticas, diplomáticas e comerciais com as Índias. Bem, daí em diante, já conhecemos a História...

Voltando à Vila de Belmonte, que além de possuir sítios arqueológicos da época romana , possui também o Castelo datado do século XIII, onde morou a família de Pedro Álvares Cabral e que hoje tem funções turísticas e culturais. Foi um privilégio como cultura geral conhecer tal local. Belmonte é uma vila onde a preservação da História em que estamos incluídos é bastante rica, e deve fazer parte de um roteiro turístico.

Na vila, podemos conhecer o Museu Judaico, um espaço singular pedagógico-didáctico sobre o Judaísmo, a cultura do povo judeu e a história dos cristãos-novos, e a sua persistência religiosa judaica através dos séculos.

O Ecomuseu do Zêzere, onde se pode estudar o percurso do rio Zêzere desde a sua nascente até à foz, assim como a fauna e flora, me lembrou muito a história do rio Tietê.

O Museu do Azeite foi construído no final do século XIX e início do século XX, destinava-se originalmente à transformação da azeitona de pequenos produtores. Após o seu encerramento, este espaço foi completamente abandonado até ser recuperado para a instalação do Museu, organizado com o propósito de mostrar o processo da transformação da azeitona em azeite. É um espaço muito legal, principalmente para nós que só conhecemos o azeite embalado.

No Museu do Azeite pode-se fazer uma espécie de tiborna, ou seja, provar pão molhado no azeite, e provar patês de diferentes tipos de azeitonas, muiiiiiiiiiiiito bom.

Mas o lugar onde me senti em casa foi visitando o Museu das Descobertas/Centro de Interpretação À Descoberta do Novo Mundo (DNM) que surgiu para que se fizesse conhecer um dos maiores feitos de sempre da História das Descobertas Portuguesas – o Achamento do Brasil.

Foi com a intenção de homenagear este importante capítulo da história nacional e mundial que se instalou no antigo Solar dos Cabrais (Casa dos Condes), o Centro Interativo da Descoberta do Novo Mundo.

Este espaço propõe-se dar a conhecer, estudar e divulgar o feito de Pedro Alvares Cabral, e a explorar a História da maior nação de expressão portuguesa, que ao longo de 5 séculos construiu-se através de uma extraordinária convivência de culturas.

Visitar o DNM é como fazer uma viagem com mais de 500 anos. É um aproximar à história dos descobrimentos e do Brasil. Por isso esta epopéia foi produzida utilizando como recurso as mais modernas tecnologias e técnicas museográficas de forma a ser entendida e compreendida por todos os públicos, inquietando-os, estimulando-os e dando-lhes a possibilidade de participarem, conhecerem e interpretarem a nossa história.

O DNM é um espaço de sensações e emoções que nos faz compreender, respeitar, sonhar e viajar. É uma viagem pelo Tempo.

No DNM, a Multimídia está ao serviço dos conteúdos. Ela é o meio para se apresentar de uma forma diferente e inovadora a História de uma viagem e de um país.

Neste âmbito, procurou-se sempre com rigor histórico e cientifico apresentarem temáticas e assuntos que de outra forma não seria possível.

Este é um museu vivo, que mantém uma dimensão imagética e sonora que se estende e aproveita os recursos tecnológicos atuais e amplia as potencialidades dos seus conteúdos através da virtualidade, da acessibilidade, da multimédia, da interconexão e da multiplicidade.

No Museu das Descobertas lembrei-me do Museu da Língua Portuguesa. Ambos têm muita semelhança na sua forma e conteúdo. Ambos falam de nosso passado.